Levantamento analisa 59 dos maiores e-commerces do país e mostra que a maioria já aceita pagamentos com Pix, que superou a aceitação do cartão de débito e se aproxima dos boletos
Lançado há cerca de 15 meses, o Pix mostrou uma enorme aceitação por parte dos brasileiros. No dia em que registrou a maior movimentação, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central atingiu a marca de quase 52 milhões de transações. Agora, um novo estudo mostra que sua adoção atingiu um novo patamar, com a aceitação do Pix em estabelecimentos comerciais superando a de cartões de débito e rivalizando com a dos boletos bancários.
O levantamento, feito pela consultoria GMattos, analisou 59 dos maiores e-commerces brasileiros, tais como Mercado Livre, Pão de Açúcar, Época Cosméticos e iFood, durante o mês de janeiro de 2022. Enquanto a aceitação de boleto e cartão de crédito se mantiveram estáveis em relação a dezembro passado, o Pix teve um leve aumento, já sendo aceito em quase 65% das lojas analisadas. Apenas um ano atrás, menos de 20 dessas lojas aceitavam essa forma de pagamento. O boleto está estacionado em 75%, enquanto o cartão de débito tem só 34% de aceitação.
Embora tenha perdido dois players importantes - Uber e Rappi - somente no mês passado, o Pix foi acrescentado como meio de pagamento aceito em sete novas lojas digitais, incluindo algumas de grande representatividade, como Amazon e Azul. Algumas até oferecem incentivos para quem paga usando o sistema do BC, como descontos que chegam a até 10%.
As carteiras digitais, ou wallets, como Ame, Apple Pay e PayPal, por outro lado, têm aceitação mais lenta. Cerca de 45% das lojas aceitam pelo menos uma, mas nenhuma loja aceita todas. Algumas carteiras, como a Samsung Pay, tem 0% de aceitação.
O cartão de débito, comparativo mais direto com o Pix, antes aceito em mais de 40 lojas, agora conta somente com 30, sem nenhum tipo de benefício para os consumidores.
Segundo o estudo, caso mantenha o ritmo de crescimento e traga novidades como parcelamento, o Pix deve ultrapassar o boleto em aceitação até maio desse ano. Contudo, como o patamar de 65% já é considerado alto, o caminho se torna mais difícil, afirma o documento.
O Pix faz parte da agenda de inovação do Banco Central do Brasil, que, entre outras iniciativas, também conta com o projeto Open Banking, cujo objetivo é permitir o compartilhamento de dados bancários dos consumidores entre diferentes instituições. O projeto, cuja fase 1 foi iniciada há um ano, já viu mais de 3 milhões de compartilhamentos serem realizados.
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