?A inflação apresentará uma queda, ao que tudo indica, neste ano, mas não será uma queda que ocorrerá de início. Até abril e maio ainda teremos uma inflação elevada. Sempre que a inflação fica elevada, os salários perdem poder de compra?, disse ele em entrevista ao canal UM BRASIL, uma iniciativa da FecomercioSP, e a qual EXAME teve acesso com exclusividade.
Ainda segundo o economista, que também é membro do Conselho de Economia Empresarial e Política da FecomercioSP, nos próximos meses, a inflação de alguns itens, como os combustíveis, que variou 50% no último ano, deve diminuir, mas em contrapartida, outros vão compensar essa queda, mantendo a inflação alta.
?Nós temos os serviços, como planos de saúde e aluguéis, que estão com 3,5% de inflação, e haverá uma gangorra. Um conjunto de itens apresentará uma variação mais comportada, e outros maiores. Eu diria que pode acontecer, a depender do cenário político, de nós termos uma situação muito mais favorável no ano seguinte. Aí pode ocorrer até a redução de alguns preços?, avalia.
O ano eleitoral de 2022 deve influenciar diretamente na confiança dos investidores e esbarrar na inflação e câmbio. Para Heron do Carmo, com a aproximação da votação e das campanhas, mais fortes no segundo semestre, as pessoas vão começar a se engajar mais. ?Inflação e atividade econômica são fundamentais para o desempenho político dos candidatos?, diz.
Os dados são da pesquisa EXAME/IDEIA um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 9 e 13 de janeiro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03460/2022.
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