Aos 25 anos, Bia, como é conhecida, alcançou o feito realizado por Maria Esther Bueno há 57 anos, chegar à última etapa do campeonato australiano na competição em duplas
Desde 1965 nenhuma brasileira participa de uma final do Aberto da Austrália. Até hoje. Após a vitória da dupla Beatriz Haddad Maia e da cazaque Anna Danilina, o Brasil avança para a final do campeonato. Conheça a trajetória da atleta brasileira.
O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor
Aos 25 anos, Bia, como é conhecida, alcançou o feito realizado por Maria Esther Bueno há 57 anos, chegar à última etapa do campeonato australiano na competição em duplas. Bueno, considerada uma das maiores tenistas brasileiras, foi campeã do torneio australiano em 1960.
Paulistana, Bia começou no esporte aos 5 anos de idade, jogando na escola. Em 2010, aos 14 anos, passou a treinar no Clube Pinheiros em São Paulo e ingressou no primeiro torneio juvenil. No mesmo ano venceu três torneios.
Na época, Bia chegou à 15ª colocação no ranking juvenil feminino. Na categoria foi vice-campeã de duplas de Roland Garros em 2012 e 2013.
Aos 16 anos a atleta canhota disputou uma final de Grand Slam e se tornou a terceira brasileira a conquistar o feito, ao lado de Maria Esther Bueno e Cláudia Montenegro.
Em 2017, venceu sua primeira partida de Grand Slam, em Wimbledon, após 28 anos sem uma vitória de uma brasileira no campeonato britânico.
Disputou seu primeiro torneio profissional em 2013, no WTA de Florianópolis. E em 2017, foi vice-campeã em Seul, no seu melhor ano como tenista profissional, alcançando a posição de 58 no ranking e terminando a temporada como 65ª.
Porém, em 2019 os planos da tenista foram adiados ao ser suspensa por doping. Com pena prescrita em dez meses, a defesa da atleta provou que as substâncias encontradas no exame foram ingeridas através de contaminação cruzada nos suplementos.
Ainda que estivesse autorizada para jogar em maio de 2020, Maia voltou às quadras em agosto do mesmo ano.
Com o tempo fora das quadras, acabou perdendo pontos e passou da 96ª posição mundial, em 2019, para a 1.342ª colocação, em 2020. Assim, passou a jogar em competições pequenas.
Para recuperar a colocação, no ano passado foi a tenista que mais jogou dentre os circuitos masculino e feminino, ficando com um recorde de 76 vitórias em 101 jogos disputados. Com isso, começou 2021 na 359ª posição e encerrou na 80ª colocação. O ano também foi marcado pela vitória diante da número 3 do mundo, Karolina Pliskova.
Nesta edição do Aberto da Austrália, Haddad ingressou na 150ª posição do ranking de duplas e 83ª colocada na lista de simples.