Fundo Monetário Internacional reforça posicionamento contrário à adoção da criptomoeda no país e pede revogação imediata da Lei Bitcoin
O Fundo Monetário Internacional (FMI), que já se manifestou anteriormente a sua posição contrária à adoção do bitcoin como moeda de curso legal em El Salvador, enviou um comunicado mais contundente ao presidente do país, Nayib Bukele, nesta terça-feira, 25, divulgou o El País. O FMI pede a revogação imediata da "Lei Bitcoin" no país.
A lei que torna o bitcoin uma moeda de curso legal no país centro-americano é um dos maiores projetos e uma das principais bandeiras do governo de Bukele, que utiliza as redes sociais com frequência para falar do assunto e até se tornou uma espécie de porta-voz da comunidade de criptoativos ao redor do mundo. Até o momento, entretanto, Bukele não se manifestou sobre a nova cobrança do FMI.
Nos primeiros dias de 2022, o FMI já havia alertado o governo salvadorenho sobre os riscos da adoção do bitcoin em El Salvador. "A adoção do bitcoin como moeda gera uma série de questões macroeconômicas, financeiras e legais, que requerem uma análise cuidadosa", disse o porta-voz do FMI Gerry Rice. Na época, o FMI também pediu uma reunião com Bukele para discutir o assunto.
Além de obrigar as empresas em operação no país a aceitar bitcoin como meio de pagamento, Buekele também já deixou claro que pretende tornar o país em um grande laboratório para a criptomoeda. Entre os planos, estão a operação de mineração de bitcoin com energia produzida por geotérmicas estatais, a criação da "Cidade Bitcoin" e a oferta de títulos públicos lastreados em bitcoin. O país já comprou 1.801 unidades da criptomoeda, em investimento superior a 88 milhões de dólares.
A nova investida do FMI acontece quando o mercado de criptomoedas enfrenta forte correção. O preço do bitcoin, por exemplo, caiu quase 45% desde sua máxima histórica, de 69.000 dólares, registrada em novembro - a criptomoeda é cotada atualmente em 37.000 dólares.
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