A Tesla estima que 1% dos Model 3 e 14% dos Model S retirados nos Estados Unidos terão este defeito de fabricação
A gigante dos carros elétricos Tesla fará uma nova retirada maciça de veículos por causa de porta-malas "potencialmente" defeituosos em dois modelos na China e nos Estados Unidos, uma medida que voltou a pôr sobre a mesa a questão de sua confiabilidade.
Os reguladores chineses anunciaram a retirada de quase 200.000 carros na sexta-feira (31), horas depois de nos Estados Unidos o regulador para a segurança automotiva informou que a Tesla estava retirando 475.000 veículos do mercado.
O modelo mais afetado é o campeão de vendas Model 3. A Tesla indica que "a abertura e o fechamento repetidos da porta do porta-malas" podem "provocar um desgaste excessivo do cabo coaxial" conectado à câmera de visão traseira, o que poderia fazer com que a câmera não ficasse disponível para o motorista.
O outro carro envolvido é o luxuoso Model S. Um dos trincos do porta-malas está mal alinhado na parte dianteira do carro e poderia "abrir-se inesperadamente e obstruir a visão do motorista".
A Tesla estima que 1% dos Model 3 e 14% dos Model S retirados nos Estados Unidos terão este defeito de fabricação. A marca destacou que este possível defeito não causou nenhum acidente ou lesão conhecidos.
As retiradas em larga escala para revisar veículos não são incomuns na indústria automotiva: a Volkswagen retirou 8,5 milhões de carros em 2015 após o escândalo do Dieselgate; um defeito nos airbags também provocou a retirada de pelo menos 100 milhões de veículos de todas las marcas e a falência da fabricante de airbags Takata.
No caso da Tesla, este recall para revisão representa pelo menos um quarto dos veículos produzidos pela jovem gigante dos carros elétricos, sem que se conheça ainda o número total da produção para 2022.