O governo da Bolívia não descartou nesta sexta-feira (31) que a variante ômicron esteja circulando no país, depois que foi registrado um novo recorde de contágios, o maior desde março de 2020.
"Não podemos descartar a presença da variante ômicron", afirmou em coletiva de imprensa o ministro da Saúde, Jeyson Auza, que acrescentou que foram detectadas outras cepas na maioria dos testes realizados. "Identificamos estas variantes: principalmente a delta, a mu e, em menor proporção, a gama e a lambda", explicou.
A ômicron, contudo, já está presente em países vizinhos, como Argentina, Brasil e Chile.
A Bolívia registrou na quinta-feira 7.980 infectados, um novo recorde desde que os primeiros casos começaram a ser detectados em 2020.
A região de Santa Cruz, a mais populosa e pujante da nação sul-americana, se tornou o epicentro da quarta onda, ao reportar 5.926 doentes na quinta-feira, 74,26% do total nacional.
O país de 11,5 milhões de habitantes soma mais de 599.750 casos acumulados e mais de 19.680 óbitos desde o início da pandemia. O Ministério da Saúde assegura que, nesta quarta onda, iniciada em novembro, a taxa de letalidade está em 0,8%.
Diante do aumento exponencial de casos nesta semana, o ministro Auza pediu que a população retomasse as medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos, o uso de máscaras e a ventilação de ambientes fechados.
"Se continuarmos nesta lógica de aumento dos casos, se não contarmos com o apoio da população, lamentavelmente vamos ver nossa capacidade de mitigação reduzida", alertou.
A Bolívia decretou que, a partir de 1º de janeiro, todas as pessoas que comparecerem a lugares públicos e viajarem por via aérea ou terrestre deverão apresentar um certificado com o esquema completo de vacinação.
Já os não vacinados deverão apresentar um teste PCR ou antigênico feito até 48 horas antes de comparecer a um lugar público.