Em entrevista ao jornal Zero Hora ele comentou ainda a intenção de ter um sucessor que continue com seus planos
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, revelou os planos de terminar o mandato e disse não pensar em reeleição após a derrota nas prévias do PSDB para a disputa das eleições presidenciais. Em entrevista ao jornal Zero Hora, publicada nesta sexta-feira, 24, ele comentou ainda a intenção de ter um sucessor que continue com seus planos.
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Outro assunto abordado foi a privatização do Banrisul, banco estatal gaúcho, como tema a ser discutido já na disputa eleitoral. "Eu entendo que é inevitável. O Estado terá que discutir e levar essa privatização adiante", disse Leite ao jornal. Ainda segundo ele, o banco é um ativo que pode ser convertido em investimentos estratégicos, em um cenário em que a tecnologia ganha força no setor privado.
Contudo, a decisão da privatização deverá ser do próximo governador. "Nós não fizemos e não faremos, porque tínhamos outras prioridades, não havia tempo na agenda para colocar a discussão sobre o banco", disse ele.
O tema de privatização já foi abordado antes por ele em entrevista exclusiva à EXAME. Na ocasião, Leite defendeu a Reforma Administrativa e o avanço da venda de empresas públicas, como também a ampliação de concessões.
"A deficiência em infraestrutura é um grande problema por um lado, e uma grande oportunidade por outro. Gera a possibilidade de investimento privado de grande monta, que pode ser buscado através de parcerias e concessões e até de privatizações que ajudem a promover investimentos", disse o governador gaúcho.
A sua não reeleição foi um tema debatido ao longo de 2021. Ele, assim como o próprio governador de São Paulo, João Doria, defendem a não continuidade de mandatários do Executivo. Em entrevista à EXAME, em agosto deste ano, disse que mesmo que não ganhasse as prévias contra o governador paulista, não tentaria reeleição ou um cargo no Legislativo.
"Ter deixado isso claro desde o início foi fundamental para que eu pudesse ter o ambiente político na Assembleia Legislativa, com uma parceria de partidos que têm legitimidade de aspiração de protagonismo político", disse.