O comitê de especialistas que assessora o governo israelense na resposta à pandemia do coronavírus aprovou a iniciativa nesta terça-feira, 21, a pedido do primeiro-ministro, Naftali Benet
Israel recomenda a quarta dose da vacina contra covid-19 para todas as pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da área da saúde e imunodeprimidos, quatro meses após a terceira injeção. A medida tem como objetivo conter a propagação da variante Ômicron.
O comitê de especialistas que assessora o governo israelense na resposta à pandemia do coronavírus aprovou a iniciativa nesta terça-feira, 21, a pedido do primeiro-ministro, Naftali Benet. Israel é o primeiro país a adotar uma quarta dose. O governo também fechou fronteiras para turistas estrangeiros e proibiu viagens para os Estados Unidos e outros nove países.
Mais de 4,1 milhões de israelitas receberam três doses da vacina contra a covid-19. O país tem 9,3 milhões de habitantes.
Mais transmissível, a variante Ômicron do coronavírus tem forçado diversos países a impor novas restrições dias antes do Natal, mas um estudo sul-africano ofereceu um vislumbre de esperança a respeito do poder de fogo da nova variante de disseminação rápida.
Governos fizeram apelos urgentes para que os cidadãos se vacinem enquanto a Ômicron se torna a variante predominante, revertendo planos de reabertura que muitos esperavam abrirem caminho a uma era pós-pandêmica e tensionando os mercados financeiros.
Alemanha, Escócia, Irlanda, Holanda e Coreia do Sul readotaram lockdowns parciais ou totais ou outras medidas de distanciamento social nos últimos dias.
Áustria, Bélgica, República Tcheca e Espanha estão entre os países europeus que devem cogitar novas restrições nesta quarta-feira.
A Ômicron foi detectada pela primeira vez no mês passado no sul da África e em Hong Kong. Estudos indicam que a variante é mais resistente a vacinas desenvolvidas antes de ela surgir.
Mas um novo estudo sul-africano levou a crer em um risco reduzido de hospitalização em pessoas infectadas com a Ômicron na comparação com a variante Delta, embora seus autores tenham dito que parte da redução provavelmente se deve à imunidade alta da população.
O estudo do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD) e de grandes universidades, ainda não submetido à comunidade científica, comparou dados a respeito da Ômicron em outubro e novembro com dados sobre a Delta entre abril e novembro, todos na África do Sul.
Os autores descobriram que o risco de internação hospitalar é cerca de 80% menor para aqueles infectados com a Ômicron na comparação com a Delta e que, para os hospitalizados, o risco de uma doença grave é cerca de 30% menor.
Eles também incluíram várias ressalvas e desaconselharam conclusões precipitadas. Os resultados de um estudo do Imperial College de Londres divulgados na semana passada mostraram que não há sinal de que a Ômicron seja mais branda do que a Delta.
Muitos cientistas de todo o mundo acreditam que vacinas de reforço são cruciais para limitar a gravidade da infecção.
"Estamos vendo um recuo da proteção contra a infecção pela Ômicron. Ela onda está crescendo em números surpreendentemente altos... mais de 80% da comissão apoiou esta medida", disse Arnon Shahar, médico de uma comissão de especialistas do Ministério da Saúde israelense, à Rádio do Exército a respeito da campanha de segundas vacinas de reforço.
(Com informações da AFP)