Anúncio de filiação com socialistas pode ocorrer no domingo durante jantar com o ex-presidente
Uma reunião com a cúpula do PSB nesta terça-feira selou a desfiliação de Geraldo Alckmin do PSDB. O ex-governador de São Paulo seu reuniu com Márcio França, presidente do partido, o deputado estadual Caio França, filho de Marcio, e o secretário-geral do partido em São Paulo, Mario Luiz Guide. No encontro, realizado na sede do partido na zona sul da capital, foi discutida a filiação de Alckmin ao PSB e sua natural indicação como vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022.
Questionado sobre quais as chances de o ex-governador vir a se filiar ao partido e ser vice de Lula, Márcio França é otimista.
? 99% de chances dele ser o vice de Lula ? afirmou França ao GLOBO. O presidente do PSB não quis, no entanto, cravar o dia em que fará o anúncio.
O GLOBO apurou que o anúncio da filiação de Alckmin pode ocorrer neste domingo durante jantar organizado pelo grupo Prerrogativa, em um dos restaurantes Rubayat, onde estarão presentes o ex-governador de São Paulo e o ex-presidente petista.
O ex-governador de São Paulo anunciou hoje a sua desfiliação do PSDB, partido no qual esteve por mais de três décadas. Pelas redes sociais, o agora ex-tucano disse que vai informar seus próximos passos "em breve".
"É um novo tempo! É tempo de mudança! Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho", escreveu o ex-governador, que completou: "Valeu cada obstáculo vencido, cada momento vivido, cada conquista feita. Em breve, anunciarei meus próximos passos".
Alckmin e Lula já se reuniram pelo menos duas vezes, a última delas na semana retrasada na casa do ex-secretário de Educação Gabriel Chalita, em São Paulo. Segundo petistas, nunca houve um convite oficial para que ele participa da chapa do ex-presidente. Em entrevista ao GLOBO, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou que as chances de o ex-tucano ser vice são as mesmas de qualquer indicado por outros partido que faça uma coligação nacional com o PT.