Países da região podem adotar medidas como o retorno ao trabalho remoto e a exigência de apresentação de um passaporte sanitário em alguns lugares
As autoridades de saúde do Reino Unido subiram neste domingo (12) o nível de alerta para a covid-19, devido ao "rápido aumento" dos casos da variante Ômicron.
O índice subiu de três para quatro, o que indica que "o contágio é alto e que a pressão sobre o serviço de saúde é generalizada, significativa e está aumentando".
"Os primeiros elementos mostram que a variante se propaga muito mais rápido que a Delta e que a proteção das vacinas contra os quadros sintomáticos da Ômicron se reduz", destacaram as autoridades.
Também assinalaram que ainda não se sabe a relação da Ômicron com casos graves, e que isso ficará mais claro "nas próximas semanas", mas que já há hospitalizações causadas pela variante e que é "provável" que seu número "aumente rapidamente".
Esta noite, está prevista a exibição de um pronunciamento gravado do primeiro-ministro, Boris Johnson, em rede nacional, segundo Downing Street.
O Ministério da Saúde também anunciou neste domingo que, a partir da terça-feira (14), os casos detectados em pessoas totalmente vacinadas serão monitorados e elas deverão se submeter a testes de antígeno durante sete dias, assim como seus contatos. Já os não vacinados deverão permanecer isolados por dez dias.
Essas medidas se somam à estratégia anunciada por Johnson, como o retorno ao trabalho remoto e a exigência de apresentação de um passaporte sanitário em alguns lugares, que serão votadas na terça pelo Parlamento.
O Reino Unido é um dos países mais atingidos pela pandemia com cerca de 146.000 mortos, no total, e aproximadamente 50.000 novos contágios por dia.