Cofundador da Microsoft diz que reuniões migrarão para ambiente virtual em 3D até 2024 e confirma lançamento da primeira versão do metaverso da empresa para 2022
O cofundador da Microsoft, Bill Gates, é mais um especialista em tecnologia que acredita que o futuro será construído no metaverso. Em artigo publicado no fim desta semana, o bilionário afirmou que, em menos de três anos, todas as reuniões de trabalho acontecerão neste tipo de ambiente digital.
"Nos próximos dois ou três anos, prevejo que a maioria das reuniões virtuais se moverá das imagens de câmeras 2D para o metaverso, um espaço 3D com avatares digitais. O Facebook e a Microsoft recentemente revelaram suas visões para isso, o que deu à maioria das pessoas a primeira visão de como será", escreveu.
Para ele, a ideia é que as pessoas "usem seus avatares para se encontrar em um espaço virtual que replique a sensação de estar em uma sala real", e reforçou que, para fazer isso, será preciso ter óculos de realidade virtual e luvas de captura de movimentos, para "capturar com precisão suas expressões, linguagem corporal e a qualidade de sua voz".
Segundo Gates, a adoção de novas tecnologias necessárias para a melhor experiência no metaverso é o principal fator para que o modelo de realidade virtual demore alguns anos para se consolidar: "A maioria das pessoas ainda não possui essas ferramentas, o que retardará um pouco a adoção [do metaverso]. Uma das coisas que possibilitaram a rápida mudança para as videoconferências foi o fato de que muitas pessoas já tinham PCs ou telefones com câmeras".
Bill Gates também comentou que a Microsoft, atualmente a segunda maior empresa do mundo por valor de mercado, de US$ 2,57 trilhões, segundo dados do CompaniesMarketCap, planeja lançar uma versão provisória do seu metaverso já em 2022: "[Esta versão] usa sua webcam para animar um avatar usado em a configuração 2D atual", explicou.
Apesar de não ser mais o líder da Microsoft, Bill Gates ainda permanece muito próximo da companhia, da qual detém cerca de 1,3% das ações - equivalentes, atualmente, a aproximadamente US$ 33,4 bilhões. Recentemente, a própria empresa já havia divulgado os planos de desenvolvimento de um metaverso próprio, focado em um ambiente corporativo.
Além disso, a gigante de tecnologia também tem demonstrado interesse pelo mercado de NFTs, que é parte importante dos metaversos em blockchain, já que é essa tecnologia que permite segurança, propriedade e autenticidade de ítens do universo digital. Nesta semana, a empresa liderou um investimento milionário em um estúdio que desenvolve NFTs para marcas e empresas.
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