Projeção é de que safra de grãos bata marca de 289 milhões de toneladas, mas custo de produção será elevado por causa do preço dos insumos
A Confederação Nacional da Agricultura projeta que 2022 terá safra recorde e também um dos custos de produção mais elevados devido à alta dos preços dos insumos para o agronegócio. A expectativa é de que a safra de grãos bata a marca de 289 milhões de toneladas, um avanço de 14% em relação ao registrado este ano.
A informação foi divulgada pela CNA nesta quarta-feira. A entidade alerta para três fatores principais que podem determinar o comportamento da safra no próximo ano: a logística, o abastecimento de insumos importados e o fenômeno La Niña.
Em 2021, o custo dos fertilizantes e defensivos já havia subido mais de 100% para culturas como soja e milho, e a tendência é que esse quadro se mantenha para o próximo ano. Com essa elevação de preços, a tendência é que a margem de lucro dos produtores seja achatada.
Crescimento da economia
O desempenho da economia brasileira também preocupa, e as incertezas no cenário macrooeconômico devem influenciar o agronegócio.
A expectativa é de que o PIB do agronegócio avance em ritmo menor, entre 3% e 5% em relação a esse ano, segundo a CNA e o Centro de Estudos Avançados em economia Aplicada (Cepea).
O PIB do agronegócio deve fechar 2021 com expansão de 9,37% em relação a 2020.