A LATAM deverá ter uma dívida total de aproximadamente $ 7,26 bilhões1 e liquidez de aproximadamente $ 2,67 bilhões. CEO diz que a injeção significativa de capital novo no negócio é uma prova de confiança e perspectivas de longo prazo
O Grupo LATAM Airlines e as suas afiliadas no Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Estados Unidos anunciaram a apresentação de um plano de recuperação judicial, que descreve a forma para que o grupo tenha conformidade com as legislações norte-americana e chilena.
O plano propõe a injeção de US$8,19 bilhões ao grupo por meio de uma combinação de capital novo, títulos conversíveis e dívida, que permitirá ao grupo, segundo documento, a capitalização adequada para executar seu plano de negócios.
Após a saída, a LATAM deverá ter uma dívida total de aproximadamente $ 7,26 bilhões1 e liquidez de aproximadamente $ 2,67 bilhões. O Grupo determinou que esse é um nível de endividamento conservador e uma liquidez adequada em um período de incerteza contínua para a aviação mundial, que permitirá um melhor posicionamento do grupo para futuras operações.
O Plano é acompanhado por um Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA, na sigla em inglês) com o Grupo Ad Hoc de Credores da Matriz, que é o maior grupo de credores sem garantia nestes casos do Capítulo 11, e certos acionistas da LATAM.
O RSA registra o acordo e o apoio entre a LATAM e os referidos detentores de mais de 70% das reclamações sem garantias da matriz, os detentores de aproximadamente 48% dos títulos nos EUA datados em 2024 e 2026, e os certos acionistas detendo mais de 50% das ações ordinárias, sujeito à execução de documentação definitiva pelas partes e obtenção de aprovações corporativas destes acionistas.
Todas as empresas do grupo seguem operando de acordo com as condições de viagens e demanda permitidas.
?Enfrentamos a maior crise da aviação que, na prática, paralisou o setor aéreo. Apesar do nosso processo ainda não ter terminado, alcançamos um marco fundamental no caminho para um futuro financeiro mais sólido?, aponta Roberto Alvo, CEO do LATAM Airlines Group S.A.
Segundo o executivo, a injeção significativa de capital novo no negócio é uma prova de confiança e perspectivas de longo prazo.
Conheça a visão geral do plano
- Após a confirmação do Plano, o grupo pretende lançar uma oferta de direitos de capital por meio da emissão de ações ordinárias no valor de US$800 milhões, que será aberta a todos os acionistas da LATAM, respeitando os seus direitos de preferência conforme a legislação chilena vigente, e que estará totalmente respaldada pelos participantes do RSA, sujeito à execução de documentação definitiva e, em respeito ao apoio e respaldo dos acionistas, ao recebimento de aprovações corporativas.
- Três classes distintas de títulos conversíveis serão emitidas pela LATAM, e serão oferecidos preferencialmente aos acionistas da LATAM. À medida que não forem subscritos pelos acionistas da LATAM durante o respectivo período de direito de preferência:
o Títulos conversíveis de Classe A serão fornecidos a certos credores gerais sem garantia da matriz da LATAM como liquidação por suas reclamações permitidas no plano;
o Títulos conversíveis Classe B serão inscritos e adquiridos pelos acionistas referenciados acima; e
o Títulos conversíveis Classe C serão oferecidos a certos credores sem garantia em troca de novas contribuições de capital para a LATAM e da liquidação de suas reclamações de crédito, sujeitas a certas limitações e impedimentos por parte dos participantes.
Os títulos conversíveis pertencentes às Classes Conversíveis B e C serão fornecidos, total ou parcialmente, em consideração de uma nova contribuição de capital no valor total de aproximadamente US$ 4,64 bilhões, totalmente respaldado pelas partes envolvidas no RSA, sujeito ao recebimento de aprovações corporativas pelos acionistas apoiadores.
- A LATAM também vai levantar U$500 milhões em uma nova linha de crédito rotativo e aproximadamente US$2,25 bilhões em financiamento de dívida por meio de novos recursos, seja por meio de um novo empréstimo a prazo ou com novos títulos;
- O grupo também fez uso, e pretende fazer uso, do Capítulo 11 para refinanciar e alterar os contratos de leasing anteriores ao processo, a linha de crédito rotativo e a linha referente a motores de reposição.