Ministro não mencionou promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro de dar aumento ao funcionalismo caso a PEC dos Precatórios seja aprovada
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a diminuição nos gastos com saúde, devido ao arrefecimento da pandemia de covid-19, abre a possibilidade de reajustes de salários para servidores públicos. Ele não entrou em detalhes sobre se haverá o aumento nem se ele seria vinculado à aprovação da PEC dos Precatórios, como disse o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Guedes, o "grande desafio" da classe política é assumir os orçamentos públicos. "'Olha, está aqui o dinheiro para a saúde, mas não tem dinheiro para aumento de salário neste ano'. No ano seguinte, a crise foi embora. Ok, diminuiu o gasto com a saúde. Temos aqui a possibilidade de dar reajuste de salário", afirmou, em evento de comemoração dos 29 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE).
Recentemente, Bolsonaro afirmou que, com a folga orçamentária aberta pela PEC dos Precatórios, seria possível dar um aumento a todos os servidores federais. A proposta libera para gastos do governo 91,6 bilhões de reais em 2022. Parte do valor será usado para pagar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.
Guedes não mencionou a promessa de Bolsonaro ao falar sobre essa possibilidade. O ministro tocou no assunto ao comentar que o governo lidou bem com problemas nas contas públicas, como ao enviar os projetos de reformas previdenciária e administrativa. A segunda está parada no Congresso.Durante a fala, Guedes ressaltou que a política de congelamento de salários de funcionários públicos até o fim do ano foi necessária e responsável por uma economia de 150 bilhões de reais para União, estados e municípios. Ele lembrou que foi contra a possibilidade de reduzir salários do funcionalismo.