A meta anterior de 2024 havia sido definida pelo governo de Trump quando lançou o programa Artemis. Desde então, porém, o programa enfrentou vários atrasos
Os Estados Unidos enviarão uma missão tripulada à Lua a partir de 2025, disse o chefe da Nasa, Bill Nelson, a repórteres nesta terça-feira (9), adiando assim o lançamento em pelo menos um ano.
A meta anterior de 2024 havia sido definida pelo governo do ex-presidente Donald Trump quando lançou o programa Artemis. Desde então, porém, o programa enfrentou vários atrasos, inclusive no desenvolvimento dos veículos necessários.
Na semana passada, a Nasa ganhou um processo judicial movido pela Blue Origin, de Jeff Bezos, que a processou após perder um contrato para a SpaceX, de Elon Musk.
"Perdemos quase sete meses em litígios e isso provavelmente adiou o primeiro pouso humano para não antes de 2025", afirmou Nelson em uma ligação.
Ele também revelou que deve ser realizado um pouso não tripulado algum tempo antes dos humanos colocarem os pés na superfície lunar.
"A boa notícia é que a Nasa está fazendo avanços sólidos", disse Nelson, citando o fato de que a cápsula de tripulação Orion da missão agora está no topo do foguete gigante Space Launch System no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
A Nasa prevê uma primeira missão não tripulada, Artemis 1, para fevereiro de 2022, e a primeira missão tripulada que sobrevoará a lua, Artemis 2, para 2024.
Segundo Nelson, a Nasa está comprometida com um custo total de desenvolvimento para o Orion de 9,3 bilhões de dólares, que abrange o período entre 2012 e 2024, acima da estimativa anterior de 6,7 bilhões.
Mas ele alertou que, para cumprir os novos cronogramas, será necessário mais financiamento do Congresso, acrescentando que "o programa espacial chinês é cada vez mais capaz de pousar taikonautas chineses muito mais cedo do que o originalmente esperado".
Os humanos pousaram na Lua pela última vez em 1972, na missão Apollo 17. A Nasa diz que o programa Artemis incluirá a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pisar na superfície do satélite natural da Terra.
A agência quer construir uma presença sustentável na Lua e usar as lições aprendidas lá para desenvolver uma missão tripulada a Marte na década de 2030.