Desde a morte do Príncipe Philip, marido da rainha por 73 anos, em abril, Camila tem sido vista - e ouvida - com mais frequência em compromissos reais oficiais e eventos de caridade
Uma mudança gradual está ocorrendo dentro da família real britânica, à medida que a rainha Elizabeth II se retira de compromissos públicos devido à sua idade avançada e saúde.
Seu filho mais velho e herdeiro da monarquia, Charles, o príncipe de Gales, tem assumido um número maior de funções oficiais há vários anos, mesmo no exterior.
A esposa de Charles, Camila, está cada vez mais presente, assim como seu filho mais velho do primeiro casamento com a princesa Diana, William, e a esposa, Kate, também estão na linha de frente.
Camila conseguiu ganhar boa parte da cobertura da mídia que antes cabia à rainha de 95 anos, a quem os médicos aconselharam descansar.
Sua presença em eventos - desde a estreia mundial do último filme de James Bond até o encontro com líderes mundiais nas cúpulas climáticas do G7 e da ONU - é um claro sinal de mudança pela frente.
Joe Little, editor da Majesty Magazine, disse à AFP que "muitas pessoas agora estão familiarizadas com Camila e estão começando a conhecê-la".
Reconciliação
Camila, 74, também conhecida como duquesa da Cornualha, se tornará consorte quando Charles, 72 anos, assumir o trono. A ascensão de Camila - que já foi uma figura odiada por ser "a outra mulher" no casamento de Carlos e Diana - é notável.
"Sua posição sem dúvida evoluiu e houve um processo enorme e muito longo de reconciliação desde a época de Diana", explica a historiadora Anna Whitelock ao Daily Express.
Little afirma que Camila, como outros membros da realeza, foi forçada a desempenhar um papel mais público devido à pandemia do coronavírus, quando o mundo mudou para a internet.
Ela soube assumir o papel com desenvoltura e ganhou seguidores, embora aos olhos de alguns nunca possa ser perdoada por seu papel no fim do casamento de Charles e Diana.
Desde a morte do Príncipe Philip, marido da rainha por 73 anos, em abril, Camila tem sido vista - e ouvida - com mais frequência em compromissos reais oficiais e eventos de caridade.
Nesta semana, ela acompanhou Charles - um ambientalista veterano - à cúpula da ONU COP26 em Glasgow, para exortar os líderes mundiais a impedir a mudança climática.
No mês passado, ela e Charles, casados desde 2005, apoiaram a rainha na abertura oficial do Parlamento Escocês em Edimburgo e na Assembleia Galesa em Cardiff.
Nas próximas semanas, o casal embarca para a primeira viagem real ao exterior desde o início da pandemia do coronavírus, visitando o Egito, que sediará a COP27, e a Jordânia.
Ela poderá em breve assumir um papel maior como um dos "conselheiros de Estado", um grupo de membros da realeza de alto escalão nomeado para intervir no caso de a rainha ser incapaz de cumprir suas funções oficiais.
As especulações aumentaram porque os outros conselheiros junto com Charles e William - os príncipes André e Harry - não estão mais ativos.