As duas vacinas da China, da Sinopharm e da Sinovac (a Coronavac, usada no Brasil), já foram aprovadas pela Organização Mundial da Saúde, mas ainda são barradas em alguns países
As vacinas aceitas em cada país estão entre os principais imbróglios na cúpula do G20, grupo das 20 principais economias do mundo.
Xi Jinping e Vladimir Putin defenderam, neste sábado, 30, o reconhecimento mútuo das diferentes vacinas disponíveis contra o coronavírus.
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Os presidentes chinês e russo são os dois grandes ausentes da cúpula de chefes de Estado e de Governo do G20, realizada neste final de semana em Roma. Seus discursos foram transmitidos por videoconferência.
"Apesar das decisões do G20, nem todos os países que precisam têm acesso às vacinas" anticovid-19, disse Vladimir Putin, cuja declaração foi transmitida pela televisão pública russa.
"Isso se deve, entre outras coisas, à concorrência desleal, ao protecionismo" e ao fato de que "alguns Estados, principalmente os do G20, não estão dispostos a reconhecer mutuamente vacinas e certificados de vacinação", lamentou.
Em sua opinião, a Rússia "foi o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a covid-19, a Sputnik V", que já foi aprovada em 70 países, e "demonstrou alto nível de segurança e eficácia".
De Pequim, o presidente Xi Jinping também pediu "reconhecimento mútuo das vacinas", de acordo com suas declarações transmitidas pela televisão estatal CCTV.
As vacinas chinesas e a russa são utilizadas em dezenas de países e territórios, incluindo vários países da América Latina, África e Ásia.
Mas há uma diferença entre os imunizantes. As duas vacinas da China, da Sinopharm e da Sinovac (a Coronavac, usada no Brasil), já foram aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nem os Estados Unidos nem a Agência Europeia de Medicamentos, da União Europeia, aprovaram as vacinas chinesas ou russas.
Mas os EUA anunciaram neste mês que passarão a aceitar viajantes de países como o Brasil e vacinados com todas as vacinas aprovadas pela OMS, o que inclui as chinesas.
Já a Sputnik V, desenvolvida na Rússia, ainda não foi aprovada pela OMS.
Ao mesmo tempo, a Rússia e a China não reconhecem vacinas estrangeiras, e usam somente suas vacinas nacionais na imunização.