Caso seja aprovada pela FDA, a previsão é que as doses da Pfizer possam ser aplicadas nas crianças estadunidenses a partir da próxima semana
Um comitê externo de aconselhamento da FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, recomendou na tarde desta terça-feira, 26, a aplicação da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Segundo o The New York Times, a decisão não é final, mas é um passo importante na aprovação do imunizante para esta faixa etária, uma vez que o órgão oficial costuma seguir as indicações do conselho.
Caso seja aprovada pela FDA, a previsão é que as doses da Pfizer possam ser aplicadas nas crianças estadunidenses a partir da próxima semana. Ainda na última sexta-feira, a farmacêutica fez uma requisição formal ao órgão, afirmando que seu imunizante apresentou uma eficácia de 90,7% no público de 5 a 11 anos.
Essa pode ser a primeira vacina aprovada nos EUA para o público infantil até o momento, e deve atender cerca de 28 milhões de crianças em todo o território estadunidense. Tanto lá como no Brasil, o imunizante da Pfizer já é também o único com o aval necessário para ser aplicado em adolescentes dos 12 aos 17 anos.
Como divulgado na última semana, a dosagem utilizada nas crianças corresponde a um terço da dose aplicada em adultos. Foi esse mesmo volume aprovado pelo comitê independente da FDA nesta terça, que também recomendou duas doses, com três semanas de intervalo.
Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que caso a FDA aprove a aplicação do imunizante em crianças dos EUA, a decisão pode pesar favoravelmente para que a Anvisa faça o mesmo com a população infantil do Brasil. Ainda assim, é necessário que a Pfizer submeta um pedido formal à agência brasileira e entregue os documentos necessários para a comprovação de sua eficácia e segurança neste público. Em nota enviada à reportagem, a farmacêutica afirmou ainda não ter previsão de quando isso deve acontecer.
A expectativa é que a FDA bata o martelo sobre a questão nos próximos dias. Após o aval da agência, algumas regiões dos EUA também aguardam orientações formais do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) antes de iniciarem a campanha de imunização em um novo público.
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