O estudo deve levar em conta locais em que há grande possibilidade de contágio de outras doenças respiratórias, não só a covid-19
O Comitê Científico do estado de São Paulo avalia o uso obrigatório de máscara de forma permanente em algumas situações, mesmo após o fim da pandemia de covid-19. O estudo deve levar em conta locais em que há grande possibilidade de contágio de outras doenças respiratórias, como a gripe, por exemplo.
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?O Comitê Científico vai propor ao governo que, em determinadas situações, mesmo após a pandemia, seja obrigatório o uso de máscara. Vou dar um exemplo: em ambiente hospitalar. Dentro da UTI, por exemplo, ele já é obrigatório, mas pode ser também para as pessoas que circulam dentro do local?, explicou João Gabbardo, coordenador-executivo do grupo que define as medidas sanitárias do estado, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 20.
Ainda de acordo com Gabbardo, não é o momento para retirar o item de segurança que se tornou símbolo da prevenção ao coronavírus. ?Apesar dos números estarem muito positivos, estamos passando por uma transição de flexibilização importante, com a volta às aulas, diminuição do distanciamento. Precisamos acompanhar qual o impacto dessas mudanças nos indicadores?, disse.
O grupo de cientistas e médicos devem enviar nos próximos dias, ao governo do estado, um conjunto de medidas e indicadores que devem ser atingidos para que o uso obrigatório de máscara seja retirado em ambientes abertos. Entre os critérios vão estar números como média de casos, mortes, internações, além da porcentagem de vacinação.
?O governo tem recebido a manifestação de setores pedindo para que não libere o uso de máscara porque temem retroceder e ninguém quer fazer retrocesso?, afirmou Gabbardo. Esse vai e volta foi o que ocorreu nos Estados Unidos, por exemplo, e atualmente em ambientes fechados é necessária a máscara.
Cidade de SP estuda obrigatoriedade
A prefeitura de São Paulo recuou e manteve, na semana passada, a obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos abertos e fechados. A decisão foi anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Segundo o prefeito, a decisão foi baseada em um estudo da equipe de saúde do município. No dia 10 de novembro vai ter um novo estudo, quando serão anunciadas outras medidas, muito provavelmente no sentido de ter menos restrições. "Nesta data teremos 100% das pessoas com o esquema de vacinação completo", disse Nunes.
A cidade liberou o distanciamento obrigatório de um metro entre as pessoas em espaços públicos. Em eventos até 500 pessoas, a apresentação da carteira de vacinação é opcional, e, acima de 500, o acesso só é possível a pessoas totalmente vacinadas.