O pontífice fez uma série de pedidos a governos empresas, em defesa da solidariedade, da paz e do amor
O Papa Francisco utilizou o Twitter para expressar uma série de pedidos em defesa dos mais pobres, no último sábado (16). Os pedidos foram direcionados a vários órgãos, tanto da esfera pública quanto da privada. Empresas de mineração, grupos financeiros, laboratórios, gigantes da tecnologia e até mesmo fabricantes de armas foram contemplados nos apelos realizados por ele na rede social.
"Às grandes empresas de alimentos, que deixem de impor estruturas de monopólio de produção e distribuição que inflacionam os preços e acabam por impedir o pão ao faminto", escreveu o Papa em um tuíte. No outro, diz: "Aos grupos financeiros e aos organismos internacionais de crédito, que permitam aos países pobres garantir as necessidades de seu povo e perdoar aquelas dívidas que muitas vezes contraíram contra os interesses daqueles mesmos povos."
Para os governos, o Papa pediu principalmente por mais paz. "Aos países poderosos, que parem com as agressões, os bloqueios e as sanções unilaterais contra qualquer país em qualquer parte da terra. Os conflitos devem ser resolvidos em instâncias multilaterais, como as Nações Unidas."
Segundo Francisco, os pedidos têm como base a premissa de dar aos modelos socioeconômicos um rosto humano, porque muitos modelos o perderam ao longo do tempo.
Como resultado, a palavra "Papa" esteve entre as mais comentadas do Twitter neste domingo (17). Além da repercussão das palavras do pontífice, colabora para a exposição em alta na rede social o fato de que, na última quinta-feira, o deputado Frederico D'Avila (PSL-SP) xingou tanto o Papa quanto o arcebispo Dom Orlando Brandes. Apenas para lembrar, o arcebispo fez uma declaração recentemente, afirmando que "para ser pátria amada, não pode ser pátria armada".