O ministro-chefe de Nova Delhi, Arvind Kejriwal, alertou neste sábado (9) para uma crise iminente na produção de energia elétrica na capital indiana, já que as principais usinas a carvão da cidade só têm superávit por um dia.
Vários estados no leste e sul da Índia foram atingidos pela escassez de carvão, forçando os fornecedores públicos a passarem por cortes inesperados de energia.
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A escassez no país, o segundo maior consumidor mundial de carvão, segue uma ampla falta de energia na China, que levou ao fechamento de fábricas e teve um grande impacto na produção e nos circuitos de abastecimento mundiais.
?Nova Delhi pode enfrentar uma crise de eletricidade?, disse Kejriwal, que lembrou que a megalópole já havia enfrentado dificuldades no fornecimento de energia nos últimos meses.
A terceira maior economia do mundo havia iniciado sua recuperação econômica após a pandemia, mas as chuvas de monções inundaram as minas de carvão e afetaram as redes de transporte, causando um aumento no preço do carvão no mercado nacional e internacional.
A longa temporada de festivais da Índia, que ainda está em andamento, também aumentou a demanda por eletricidade.
"Estou acompanhando pessoalmente a situação. Fazemos tudo o que podemos para prevenir" esta crise, disse Kejriwal no Twitter.
Ele também pediu ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que resolvesse imediatamente o problema, lembrando-o de que qualquer grande interrupção afetaria os hospitais e a campanha de vacinação contra a covid-19 nesta cidade de 20 milhões de habitantes.
No final de setembro, as usinas de carvão da Índia tinham estoques em média de quatro dias, representando as reservas mais baixas em anos.
O carvão alimenta cerca de 70% da produção de eletricidade do país e representa 75% dos combustíveis fósseis usados.