Ele virou chefe de estado aos 31 anos. Aos 35, sai acusado de corrupção
Chanceler da Áustria e líder de partido conservador, Sebastian Kurz é acusado de utilizar dinheiro público para manipular pesquisas de opinião e cobertura da imprensa
O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, renunciou ao cargo neste sábado em meio a acusações de corrupção em seu governo e a pressões de políticos e da opinião pública. Ele negou que tenha praticado atos ilícitos e disse que as acusações não têm base.
Kurz e outras nove pessoas estão sob investigação de uso de dinheiro público para fins partidários, o que é proibido.
O então chanceler deu declarações neste sábado em Viena e sugeriu que o atual ministro das Relações Exteriores, Alexander Schallenberg, seja o seu substituto. Kurz disse que vai continuar como líder do ÖVP People's Party, da ala conservadora da política austríaca.
Ele lidera o partido desde 2017 e foi um dos responsáveis pela vitória da sigla nas eleições gerais do mesmo ano, o que o fez se tornar um dos mais jovens chefes de estado do mundo eleito democraticamente, com apenas 31 anos. Agora, com 35 anos, deixa o cargo.
As acusações são relacionadas ao período entre 2016 e 2018, quando verbas do Ministério das Finanças teriam sido utilizadas indevidamente para subornar pessoas e manipular os resultados de pesquisas de opinião e a cobertura da imprensa sobre o seu governo, segundo a procuradoria responsável pelo caso.
Na última quarta, dia 7, escritórios de Kurz e do seu partido foram alvo de operação de busca por autoridades da Justiça austríaca relacionada às suspeitas de corrupção.
(Com agências de notícias)