Após uma série de altas no preço da maior criptomoeda do mundo, o otimismo toma conta do mercado, mas ainda é possível identificar os melhores momentos para comprar bitcoin a partir da análise técnica
Por Lucas Costa*
O bitcoin inicia o mês de outubro com forte alta e supera a barreira dos US$50.000, chegando a valorizar mais de 30% apenas esse mês. O mercado ficou bem otimista com a declaração do presidente do FED, que disse que os EUA não possuem intenção de banir as negociações com criptoativos. Foi noticiado também que o bilionário George Soros vê com bons olhos a indústria de cripto. Por fim, a ferramenta CryptoQuant anunciou que diversas ordens de compra foram disparadas em um espaço curto de tempo, totalizando mais de 1,6 bilhões de dólares.
No gráfico diário, observamos o cruzamento da média móvel de 21 períodos com a média móvel de 200 períodos, um movimento muito importante da análise técnica e que sinaliza retomada de pressão compradora. A principal resistência dos US$50.000 dólares foi rompida e abre espaço pra novas altas. Seguimos acompanhando a pernada de queda entre 14 de abril e 22 de junho (seta laranja) para definir quais as próximas resistências usando a ferramenta de retrações de Fibonacci (regiões de correção baseadas nas proporções de Fibonacci de um movimento anterior), sendo assim, a próxima resistência está bem próxima nos US$56.500. Importante ressaltar que essa é uma região de possível correção de curto prazo, mas que não reverte o movimento de alta. As novas oportunidades de entrada podem estar justamente em um novo teste dos US$50.000 para continuidade da tendência e possível teste do topo anterior em US$65.000.
O gráfico de 4 horas pode ser utilizado para uma definição de melhores pontos de entrada, ou seja, o melhor momento para compra, uma vez que um princípio básico da análise técnica é que o preço se movimenta em pernas de impulsão de correção. Os bons trades costumam ser encontrados após o movimento de correção, quando o preço retoma a sua direção principal. A tendência do curto prazo segue em forte alta e o preço se distancia da média móvel de 21 períodos. A ferramenta das retrações de Fibonacci pode ser usada novamente para identificar regiões de possível entrada na correção do movimento de impulsão recente, e os principais suportes são as retrações de 23,6% em US$52.215 e 38,2% em US$50.100.
A expectativa para os próximos dias é de mais altas e pequenas correções de curto prazo podem ser vistas como oportunidade de reentrada a favor da tendência principal de alta. O novo teste dos US$50.000 é saudável pro preço, uma vez que toda resistência depois de rompida se torna suporte. O mercado segue otimista e acompanhamos novas notícias vindas da SEC, que tem sido o principal driver de preço.
Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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