Uma pesquisa global feita pelo LinkedIn mostra ainda que 43% dos entrevistados preferem um modelo híbrido de trabalho
Uma pesquisa global feita pelo LinkedIn mostra que 90% dos brasileiros apoiam a exigência de vacinação contra a covid-19 na volta ao trabalho presencial. A população do país é uma das que mais defendem a medida, se comparado com a Espanha (71%) e com o México (86%). A sondagem foi feita em agosto com 1.000 entrevistados que trabalhavam no escritório antes das medidas de restrição.
Sobre o modelo ideal de trabalho, 43% dos entrevistados disseram que preferem um modelo híbrido. Para 27%, o ideal seria retornar somente com trabalho presencial, e outros 30% afirmaram que gostariam do teletrabalho permanente.
Entre aqueles que responderam que preferem trabalhar em casa, seja parcialmente ou 100%, disseram que a escolha do modelo remoto foi motivada por cinco fatores: evitar transporte diário (45%), ser mais produtivo (30%), ter uma vida profissional equilibrada (45%), manter a saúde mental (31%), e facilitar o cuidado e educação dos filhos (20%).
Para os que gostariam do modelo 100% presencial, 51% dizem que no ambiente do escritório o trabalho é mais produtivo. Para 46%, a possibilidade de estar próximo aos colegas motiva o fim do home office. Já 41% acreditam que há mais oportunidades de carreira quando há um relacionamento presencial.
A preferência dos brasileiros pela exigência da vacinação foi medida também pela pesquisa EXAME/IDEIA realizada no começo de agosto. De acordo com as entrevistas, 67% dos brasileiros acham que os empregadores podem exigir a vacinação contra o coronavírus dos funcionários. Os que discordam dessa medida são 12%, e os que nem concordam nem discordam somam 21%.
No fim de junho, a Justiça do Trabalho confirmou, pela primeira vez, uma demissão por justa causa de uma funcionária que se recusou a se vacinar contra a covid-19. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo e envolveu uma auxiliar de limpeza de um hospital. O entendimento foi de que o interesse particular não pode prevalecer sobre o coletivo. O caso é polêmico e ainda cabe recurso.
Vacinação
O Brasil já vacinou, com pelo menos a primeira dose, mais de 141 milhões de pessoas, o que corresponde a 66% da população, ultrapassando os Estados Unidos (com 63%). Olhando para as pessoas totalmente imunizadas, o Brasil está bem atrás (35% ante 54%).
De acordo com o último documento divulgado pelo Ministério da Saúde, atualizado no dia 15 de setembro, o Brasil tem um total de 632.512.770 doses de vacinas contra a covid-19 contratadas com a Fiocruz/AstraZeneca, Instituto Butantan/Sinovac, Pfizer-BioNTech, Janssen, e pelo consórcio Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O total, já exclui as 20 milhões de doses da vacina indiana que estavam em negociação com a Precisa Medicamentos ? contrato que é alvo de investigações da CPI da Covid-19 ? e outras 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, que também teve o contrato suspenso.