Segundo as regras da Fifa, qualquer clube que relacione um jogador durante o período de restrição pode ser alvo de ação disciplinar
Times da liga inglesa poderiam enfrentar sanções da Fifa se escalarem jogadores sul-americanos, que não foram liberados para partidas no exterior, nos jogos deste final de semana.
Liverpool, Manchester United, Chelsea e Manchester City estão entre os clubes que não liberaram jogadores brasileiros para o atual intervalo internacional porque eles teriam que viajar a países da "lista vermelha" e que podem escolher entre não relacioná-los neste final de semana ou correr o risco de sanções.
Fontes disseram à Reuters que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acionou o "período automático de restrição" de cinco dias, que impede os clubes de utilizar jogadores que não foram liberados.
Mais tarde, a CBF confirmou que de fato contatou a Fifa para que esta aplique suas regras.
"A informação está correta", disse um porta-voz da CBF à Reuters. "Só estamos pedindo à Fifa que cumpra os regulamentos depois que os jogadores não se apresentarem (para os compromissos internacionais)."
O porta-voz disse que o pedido não contempla Richarlison, atacante do Everton que já havia sido liberado pelo time para a Olimpíada de Tóquio.
A CBF também pediu que a restrição seja aplicada ao time russo Zenit São Petersburgo, que chamou Malcom e Claudinho de volta depois de eles se unirem ao elenco brasileiro.
Os times ingleses Wolves, Newcastle e Watford, assim como o campeão da segunda divisão Blackburn Rovers, também poderiam perder jogadores neste final de semana, já que as associações chilena, mexicana e paraguaia também acionaram o período de restrição.
Segundo as regras da Fifa, qualquer clube que relacione um jogador durante o período de restrição pode ser alvo de ação disciplinar. Não está claro que tipo de sanção poderia ser imposta aos clubes.
Como países sul-americanos estão na lista vermelha da Covid-19 para viagens do Reino Unido, o que significa que os jogadores podem ser submetidos a quarentenas em hotéis ao voltar ao território britânico, os times decidiram não liberar seus jogadores.
A Fifa não quis comentar. A liga inglesa e a Associação de Futebol não estavam disponíveis de imediato para comentar.
O presidente-executivo da Associação Europeia de Clubes, Charlie Marshall, disse na terça-feira que os times não deveriam receber nenhum tipo de punição.
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