O presidente viajou até São Paulo após o fim das festividades pelo Dia da Independência em Brasília. Ministros como Tarcísio de Freitas e Onyx Lorenzoni também estiveram no palanque na avenida Paulista.
Na fala, Bolsonaro voltou a falar sobre o voto impresso, rejeitado pela Câmara dos Deputados em agosto. "A alma da democracia é o voto. Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança", disse.
"Não é uma pessoa no TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável", afirmou nesta terça-feira, citando que há uma "farsa" que é "patrocinada" pelo presidente do TSE, sem citar nominalmente o presidente, ministro Roberto Barroso.
O presidente acusa o sistema atual de dar brecha a fraudes, mas ainda não apresentou provas.
No discurso, Bolsonaro também afirmou que "nunca serei preso" e fez menção à possiblidade de que o TSE possa impugnar sua candidatura.
"O que incomoda alguns lá de Brasília é que começamos a mudar o Brasil. Acreditem, com vocês colocaremos o Brasil num lugar de destaque. Temos uma pátria que ninguém tem", disse.
Dirigindo-se aos defensores do governo, Bolsonaro prometeu que o Brasil "terá um lugar de destaque" no mundo e "será grande lá na frente".
Bolsonaro e apoiadores vêm convocando os atos deste 7 de setembro há semanas, como forma de mostrar apoio popular ao governo, cuja aprovação vem caindo para menos de um terço da população.
No discurso, Bolsonaro citou nominalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmando que não cumprirá mais "ordens" do ministro. Moraes é o responsável pelo inquérito das fake news que envolve o presidente Jair Bolsonaro.
"Não vamos admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa Constituição", disse.
Falando sobre a pandemia, Bolsonaro disse ainda que prefeitos e governadores feriram a Constituição ao decretar medidas de enfrentamento à pandemia, como o isolamento social.
"60 milhões de pessoas me colocaram nessa missão. Hoje temos um presidente que defende a família, os militares e defende o seu povo", disse.
"Vocês passaram momentos difíceis com o vírus, mas pior do que a pandemia foram as ações de alguns governadores e prefeitos, que ignoraram nossa Constituição. Proibiram vocês de trabalhar e frequentar templos e igrejas para sua oração. A indignação de vocês foi crescendo."
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