A polêmica entre Febraban e os dois principais bancos públicos veio após um manifesto que questiona as "hostilidades" entre os poderes
Os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil estariam decididos a deixar a Febraban, a Federação Brasileira de Bancos, que reúne as instituições do setor.
A informação foi publicada primeiro pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
O motivo é um manifesto a ser divulgado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), com a Febraban como signatária, pedindo o fim das "hostilidades" entre os três poderes da República.
O alvo do manifesto são as tensões capitaneadas pelo Executivo do presidente Jair Bolsonaro e embates com o Legislativo e, sobretudo, o Judiciário.
No mercado, os dilemas políticos já começam a impactar nos cálculos de risco e na atração de investimentos. Analistas têm reduzido as projeções de crescimento da economia para este ano e 2022, colocando o risco político como um dos motivos das expectativas menos otimistas.
O manifesto que motivou a polêmica com os bancos públicos é assinado também por dezenas de entidades financeiras e deve ser publicado nos próximos dias.
A leitura dentro de BB e Caixa é que a Febraban estaria se envolvendo em assuntos políticos.
Os dois bancos estão entre os fundadores da Febraban, criada em 1967 e que reúne as maiores instituições financeiras públicas e privadas em operação no Brasil, incluindo nomes como Itaú e Bradesco.
Banco do Brasil e Caixa não comentaram o caso ou confirmaram a informação. O espaço fica aberto para manifestações.
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