O presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), resiste ao nome de André Mendonça e é responsável por marcar a sabatina do indicado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), encaminhou a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O ato formal foi cumprido nesta quarta-feira, 18, conforme o sistema de tramitação do Senado, e agora aguarda a designação de um relator na CCJ. O presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), resiste ao nome de André Mendonça e é responsável por marcar a sabatina do indicado.
A decisão do Senado de iniciar formalmente a tramitação da indicação ocorreu após reunião de Pacheco com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. O senador pediu a Fux que retome o diálogo entre os Poderes e renovou cobranças para recuo do presidente Jair Bolsonaro nas ameaças à Corte. A crise é um dos motivos que emperrava a indicação do escolhido de Bolsonaro para o Supremo.
Quem é André Mendonça
Nascido em Santos, litoral de São Paulo, Mendonça é ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo Bolsonaro. Ele é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) e, no templo da igreja na Asa Sul, em Brasília, atende por Reverendo André.
Graduado na Faculdade de Direito de Bauru, no interior de São Paulo, é pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre e doutor em Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, onde apresentou teses premiadas sobre recuperação de ativos desviados pela corrupção. Também atua como professor em várias universidades, entre elas a Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Mendonça, de 48 anos, já foi classificado por Bolsonaro como "terrivelmente evangélico" após o presidente confirmar a indicação dele para cadeira no Supremo Tribunal Federal.
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