Agência de Segurança no Trânsito aponta que sistema apresenta falha para detectar sinais de emergência como pisca-alerta e placas
A Agência Nacional de Segurança no Trânsito dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira que abriu uma investigação sobre o sistema de piloto automático dos carros produzidos pela empresa Tesla, do bilionário Elon Musk.
De acordo com as autoridades, a funcionalidade apresenta problemas para detectar sinais de emergência como pisca-alerta e placas.
Em comunicado, a NHTSA informou que registrou ao menos 11 acidentes desde 2018 em que o piloto automático da Tesla atingiu veículos com setas de alerta piscando, sinalizadores, uma placa de direção iluminada e cones com alerta de perigo.
A investigação inclui os modelos Y, X, S e 3, lançados entre os anos de 2014 a 2021.
31 acidentes já registrados
Apesar de a Tesla alegar que os carros têm, na verdade, uma direção semiautomatizada, que exige um motorista atento e pronto para intervenções, já foram registrados acidentes nos Estados Unidos com pessoas bêbadas ou até mesmo no banco de trás enquanto o carro trafegava sozinho.
De acordo com dados da NHTSA, desde junho de 2016, equipes de investigação já foram enviadas para 31 acidentes envolvendo algum sistema de assistência ao motorista parcialmente automatizado.
Deste total, 25 envolveram veículos da marca Tesla, e 10 mortes foram registradas. Em abril, duas pessoas perderam a vida em um acidente em que a direção semiautônoma estava acionada.
Procurada pela agência de notícias AP, a companhia não respondeu ao pedido para comentar o caso.
Enquanto isso, a Tesla continua apostando em serviços autônomos. No mês passado, lançou um serviço de assinatura de software de direção semiautônoma para estacionar. O serviço custa US$ 199 por mês e está disponível nos EUA.
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