Responsáveis por crianças e adolescentes com idades entre 11 e 17 anos notaram interesse de alunos por saúde, equidade racial e mudanças climáticas
A pandemia fez com os jovens brasileiros se tornassem mais interessados sobre temas sociais, segundo uma pesquisa global inédita realizada pela Pearson em parceria com a empresa de pesquisas de mercado norte-americana Morning Consult.
Segundo o estudo, que ouviu 6 mil pessoas, entre estudantes universitários e pais de jovens entre 11 e 17 anos em Brasil, China, Estados Unidos e Reino Unido, 76% demonstraram um interesse maior em educação, saúde, equidade racial e mudanças climáticas.
O estudo Global Learner Survey 2021 buscou analisar os principais impactos da covid-19 nos processos de aprendizagem globais e de que maneira a pandemia despertou interesses que antes estavam adormecidos.
Veja abaixo outros resultados da pesquisa.
A aprendizagem online chegou para ficar
Entrevistados entre pais e estudantes universitários nos quatro países acreditam que alguma forma de aprendizagem online sempre fará parte da educação daqui para frente. Cerca de 46% dos pais e 64% dos estudantes enxergam o ambiente online ou híbrido como ideal para a aprendizagem, mesmo para depois que a pandemia acabar.
Já no Brasil, 63% dos estudantes esperam que mais alunos de ensino superior frequentem aulas online ao invés de ambientes de educação tradicionais ao longo dos próximos dez anos.
A pandemia influenciou planos de aprendizagem e carreira
Segundo 56% dos estudantes universitários entre os países disseram estar reconsiderando suas trajetórias de carreira como resultado da pandemia, com 45% se dizendo inspirados a considerar uma carreira na área de saúde ou ciência. Já 63% universitários brasileiros dizem continuar seguindo o mesmo caminho educacional que haviam planejado antes da pandemia, enquanto 72% dos pais fazem essa mesma afirmação sobre seus filhos.
Ainda no Brasil, 40% dos universitários disseram ter reconsiderado ou adiado planos de estudar fora do país, enquanto 52% dos pais também tiveram que repensar sobre mandar seus filhos para aprender no exterior.
Acesso à internet como direito humano
No Brasil, 97% dos pais e 95% dos estudantes acreditam que a pandemia mostrou que o acesso à internet é um direito humano básico. Além de estar acima da média dos quatro países (87% para ambos os grupos), o Brasil é o que teve mais pessoas que concordaram com essa resposta.
No universo global da pesquisa, 90% dos pais e 92% dos universitários disseram esperar que os governos façam mais para garantir que os alunos tenham acesso à internet e a ferramentas digitais.
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