Após mais de um mês de alegações de fraudes, a postulante do Força Popular admitiu em pronunciamento a derrota, dizendo que admite os resultados por ser "o que manda a lei"
A candidata à presidência do Peru na última eleição Keiko Fujimori reconheceu nesta segunda-feira, 19, a vitória de Pedro Castillo no segundo turno do pleito, realizado no dia 6 de junho. Após mais de um mês de alegações de fraudes, a postulante do Força Popular admitiu em pronunciamento a derrota, dizendo que admite os resultados por ser "o que manda a lei".
"Anuncio que, cumprindo os meus compromissos assumidos com todos os peruanos, com Mario Vargas Llosa, com a comunidade internacional, reconhecerei os resultados porque é o que manda a lei e a Constituição que jurei defender", afirmou Fujimori.
Segundo a candidata, "a verdade vai aparecer de alguma maneira", e a partir de agora "vamos trabalhar todos juntos para estabelecer a legitimidade no nosso país". No entanto, sem abaixar o tom, sugeriu "tempos difíceis", e afirmou que os peruanos não deixarão Castillo tornar o país "uma Cuba, ou Venezuela", fazendo alusão à uma ameaça comunista no poder.
Hoje, o Jurado Nacional de Eleições (JNE) do país, órgão responsável por parte das apelações, declarou por unanimidade a inadmissibilidade dos cinco recursos apresentados pelo partido Força Popular, segundo comunicado. Assim, o JNE procederá à "organização imediata da cerimônia de entrega de credenciais à fórmula presidencial correspondente", diz o órgão, no que deve ser marcado para esta semana. Já a posse oficial do novo presidente do Peru está marcada para o próximo dia 28 de julho.
Em seu Twitter, Castillo pediu que as "pessoas que não se surpreendam com listas e nomes de possíveis gabinetes que têm circulado", dizendo que são especulações. "Após a proclamação do JNE, faremos os respectivos anúncios oficiais para o governo", projetou.
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