Banco anunciou a volta aos escritórios, mas colaboradores estão longe de irem todos os dias. Afinal, ainda há volta para o "velho normal"?
O banco Goldman Sachs reabriu os escritórios e chamou colaboradores para voltarem a partir do dia 14 de junho. Mesmo com a sede funcionando normalmente nos Estados Unidos, o banco está longe de experimentar "o velho normal". Por enquanto, colaboradores não vão ao escritório todos os dias -- e não estão nem um pouco ansiosos para isso.
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Ou seja, enquanto o presidente global da firma, David Solomon, diz que o trabalho remoto é uma "aberração", seus funcionários provam que a rotina do passado pré-pandemia pode estar mais distante do que se imagina. Segundo o portal Business Insider, analistas júnior têm adotado um modelo rotativo, com pouca cobrança de seus gestores, que também têm adotado um modelo semelhante.
"A mensagem oficial é a de que 'estamos de volta aos escritórios' mas, segundo conversas que tive... Acredito que é uma percepção geral de que o home office traz uma série de benefícios", disse um analista ao site.
Ao mesmo tempo, pessoas que não trabalham diretamente com investment banking no banco estão adotando um modelo híbrido, que inclui ir ao escritório por três dias em uma semana e, na seguinte, trabalhar totalmente de casa.
Ainda não se sabe por quanto tempo esse modelo híbrido vai operar no Goldman Sachs -- ou se o banco vai, em algum momento, ter todos os funcionários de volta ao escritório. Fato é que o gigante de investimentos não está sozinho na ambição de ter todos os colaboradores sob um mesmo teto.
O Morgan Stanley, por exemplo, também almeja ter todos os funcionários reunidos nos escritórios novamente. Enquanto isso, o Citigroup não tem planos de trazer seu pessoal para os escrtiórios até julho, e já declarou que a maioria dos empregados poderá adotar um modelo híbrido. E o CEO do JP Morgan Chase & Co afirmou que funcionários devem voltar no início de julho.
Além das discussões relacionadas a tempo e trânsito para os deslocamentos na volta aos escritórios, o assunto também ganhou um viés de gênero. Em entrevista à Bloomberg, Rob Dicks, responsável por talentos e liderança organizacional nos mercados de capitais da Accenture, disse: ?As mulheres estão absolutamente nervosas com isso. Estou vendo as áreas de Recursos Humanos e de negócios nos bancos reconhecendo, entendendo e começando a planejar avaliações justas.?
Volta aos escritórios? Como?
Apesar das polêmicas relacionadas ao assunto, algumas ações podem tornar o ambiente de trabalho mais fácil com um conjunto de práticas. "Tornar o escritório mais divertido" é um ponto mapeado por analistas, conforme publicou a EXAME.
Para isso, há algumas ideias: ?Inicie um rodízio na recepção, onde os funcionários trazem um cardápio de empresas locais que gostariam de apoiar e, uma vez por semana ou mês, ofereça uma refeição para os funcionários?, diz Elizabeth Cobb, psicoterapeuta na cidade de Nova York.
Ainda assim, vale lembrar que os modelos híbridos devem continuar a ter protagonismo nos próximos anos. Se funcionários já estão pedindo demissão para não desistir do home office, a receita para empresas lidarem da melhor forma com o mundo pós-pandemia está longe de estar pronta.
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